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sexta-feira 8 novembro 2024
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A responsabilidade dos pais

• Marcus De Mario
Estamos assistindo crianças extremamente rebeldes, autoritárias e egoístas; jovens que não respeitam nenhum tipo de autoridade; adultos exibicionistas, sensuais e violentos. Fala-se então da falência da educação, apontando-se a escola como grande culpada, a vilã do caos social que estamos vivendo. Não podemos deixar de concordar que a escola há muito tempo perdeu-se da educação, mas não podemos culpá-la por todos os males sociais, pois outro instituto basilar tem falhado gravemente na educação das novas gerações e na reeducação dos adultos: a família.
É da responsabilidade dos pais a educação dos filhos através dos bons exemplos, dos bons conselhos, das orientações úteis, da correção das más tendências do caráter, do preparar para a vida em sociedade. É na família que se educa para os deveres, as responsabilidades, o respeito ao outro, para o viver ético. Quando os pais, e também outros responsáveis, falham nessa educação, a sociedade sofre, pois, a escola, que também deve trabalhar a educação moral, não pode e não deve substituir a família. Por maior seja o amor e a dedicação de um professor, ele não pode substituir nem o pai, nem a mãe daquela criança ou jovem que está seu aluno.
A tarefa educacional dos pais é tão importante que os Espíritos Superiores deixam claro na questão 582 de O Livro dos Espíritos, que se falharem, responderão perante a lei divina pelos desvios dos ¬ filhos, pois eles foram con¬fiados por Deus aos pais terrenos, que aceitaram essa missão durante a realização do planejamento reencarnatório, ou seja, ainda no mundo espiritual.
Não estamos dizendo que seja fácil educar um filho rebelde, indolente ou preguiçoso, mas lembremos que eles são ¬ filhos-desa¬fio, requerendo doses maiores de amor, paciência, perseverança e autoridade moral. E quanto mais os pais se esforçarem em colocar em prática essas quatro ferramentas, mais crescerão em moralidade e espiritualidade, ou seja, no esforço de educar o ¬ filho, educa-se a si próprio.
Ensinar a respeitar o outro, a compreendê-lo; a colaborar nas tarefas domésticas, a saber lidar com o não; a desenvolver virtudes; a ter limites, são tarefas que competem aos pais no seio da família. Se isso não for feito, continuaremos a assistir alunos baterem nos professores, jovens se acabando em baladas regadas a bebidas alcoólicas, drogas e sexo desequilibrado. Continuaremos a assistir adultos se corrompendo por dinheiro e poder e a violência tomando conta da sociedade.
A família deve ser instituição social de educação das novas gerações, preparando também os futuros pais. E não esqueçam os pais de ligar essas almas reencarnantes com o Evangelho, roteiro de luz da vida, pois está faltando Cristo nos corações, está faltando sensibilizar os sentimentos, tocar as almas, e esse trabalho deve ser feito no lar, na família.
A escola irá se associar ao trabalho da família, não ficando apenas no compromisso formal do ensino de conteúdos curriculares, mas, repetimos, a escola não tem como substituir a família, assim como não pode corrigir totalmente a falta de educação que as crianças e os jovens carregam de casa. Agora, se a família se unir à escola, e a escola receber generosamente a família, então teremos luz no fim do túnel. Por isso está surgindo o trabalho das comunidades de ensino, que envolvem escola, família e comunidade. Todos juntos, se dando as mãos, trabalhando em conjunto, unindo experiências e esforços na educação.
Não esqueçam os pais que a missão de educar lhes pertencem, e que a chave do progresso e da felicidade do homem e da humanidade estão na educação moral dos ¬ filhos.