• Waldenir Cuin
“Quem desejar a bênção divina, trabalhe para merecê-la. O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.” (Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, item 100, psicografia de Francisco C. Xavier.)
Acostumado a privilégios e a favorecimentos na Terra, quase sempre sem merecimentos, segue o homem pela vida acreditando que pode também negociar com Deus, dentro da lei do menor esforço, ou ainda, escorado na ideia de levar vantagem em tudo. Sem declinar reflexões para com as coisas nobres, sublimes e realmente belas, ilusoriamente pensa que o mundo lhe dará o que anseia, gratuitamente.
Deseja ardentemente as benesses dos “céus”, sem movimentar qualquer esforço pessoal no sentido de dar a sua cota de participação saudável, no contexto social em que vive. Busca encontrar benefícios para si e, quando muito, para os seus familiares e amigos, sem ideia de universalidade, não vendo irmãos além dos afetos que acalenta.
Cultuando o egoísmo, carrega consigo a vontade forte de ser feliz, desconhecendo que a felicidade somente será possível, em nosso âmago, quando a plantarmos no coração do próximo.
E, quando percebe que seus sonhos e metas não são atingidos, pois que em oportunidades variadas busca pelo impossível ou pelo irrealizável, desespera-se, caindo em profundas prostrações que se incumbem de aniquilar-lhe os melhores propósitos, propiciando o aparecimento de processos depressivos ou de inatividade, geradores de incomensuráveis quadros de sofrimentos.
Informa-nos a sabedoria do Espírito Emmanuel que se pretendemos ter a justiça divina do nosso lado, que lutemos por merecê-la, e isso, obviamente, não chegará sem que saiamos a procurá-la, uma vez que foi Jesus quem noticiou: “ajuda-te e o céu te ajudará”.
Dessa forma, importante será que vislumbremos em nossa intimidade, buscando conhecer os recursos que temos, e dentro da lição divina dos “talentos”, conforme ensina a parábola do Cristo, tenhamos pressa em encontrar quais talentos possuímos e, não perdendo tempo, saiamos a multiplicá-los em favor do próximo, pois quem trabalha em favor do irmão do caminho, na verdade atua em prol de si mesmo, isso porque é “dando que se recebe”.
Assim se dermos amor, logo encontraremos quem nos decline tais sentimentos, se distribuirmos caridade, não muito longe alguém estará tendo piedade pelas aflições que passamos e nos ajudará também, se oferecermos gentilezas e fraternidade, em breve a afabilidade dos outros estará nos beneficiando com a solidariedade e ternura, se ministrarmos a educação por onde passarmos, os bons tratos e as boas maneiras nos servirão por mãos amigas. Então, não resta dúvida, se desejamos a justiça divina, se pretendemos estar de posse da tranquilidade, da paz e da felicidade, primeiramente temos que implantá-las nos corações alheios.
E, pela mesma lei, receberemos de volta também todo o mal que aos outros fizermos ou mesmo a indiferença, pois pela lei de causa e efeito, a vida nos retornará tudo aquilo que endereçarmos aos nossos irmãos, no contexto social que em vivemos.
As sábias leis de Deus não apresentam segredos ou mistérios, tudo caminha dentro do princípio da compensação; o que fizermos no mundo, na mesma proporção receberemos do mundo.
A recompensa pelo esforço
abr 03, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em A recompensa pelo esforçoLike
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