O coração acelera, a adrenalina sobe, o estômago revira ao mesmo tempo em que o suco gástrico se manifesta azedando tudo e os olhos, injetados de sangue, tornam-se vermelhos e se estreitam.
Já se viu em uma situação dessa?
Os ouvidos fecham, a boca seca e na garganta o gosto amargo da bílis.
O cérebro já não consegue raciocinar, o bom senso é deixado de lado e a raiva surda toma conta, traz um véu que cobre os olhos e fica impossível ver com clareza. Os conceitos de civilidade passam longe e os mais profundos e escondidos instintos selvagens vem à tona. Os músculos já se preparam para a explosão e a noção de medo do perigo desaparece.
Não se ouve mais nada, não se pensa mais nada e só se vê o inimigo a frente e, quando não usa o veneno mortal das palavras agressivas, aquelas que ferem a alma, parte para resolver o problema, como um bárbaro selvagem, da maneira mais baixa possível.
A agressão parece resolver o problema, massageia e satisfaz o ego.
Depois da confusão iniciada e violência desencadeada, não se tem mais limites e, sem importar o motivo da discussão, tudo é permitido na ânsia de vencer o oponente como se aquilo fosse definir a sua vida.
Mas, findado o embate, respira-se fundo, oxigena-se o cérebro e a adrenalina baixa.
Aos poucos o bom senso e a civilidade retomam o controle então, vem o arrependimento e a vergonha por ter permitido que a ira obscurecesse tudo.
E, reze a Deus, para que as consequências desse momento de insanidade sejam as menores possíveis, pois, pode ter certeza, esses poucos segundos (ou minutos) de descontrole, de violência incontida, podem mudar completamente sua vida, te desestabilizando para sempre, seja fisicamente ou moralmente.
Sua idoneidade física esteve em grave risco, sua vida flertou com o perigo e sua liberdade oscilou por um tênue fio.
E, tudo isso em nome da ira!
Em nome da raiva desnecessária.
Pense, respire, análise a situação, considere as consequências e tenha sempre em mente que tudo pode ser resolvido com uma conversa civilizada.
Sua vida vale muito, assim como sua liberdade.
Tudo é muito passageiro e estamos aqui para ajudar as pessoas e para evoluir.
Estamos aqui para construir…não para destruir!
Reflita!
A raiva desnecessária
fev 01, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em A raiva desnecessáriaLike