Search
domingo 17 novembro 2024
  • :
  • :

A propósito de “Práticas Estranhas”

•Jacob Melo/RN
Como é estranho que um artigo proposto ser espírita renegue a obra básica do Espiritismo!
Não; não foi renegada de forma explícita, mas naquele jeito implícito que não esconde o desacordo com a obra de Allan Kardec.
O artigo, de autoria do senhor Rogério Miguez, começa dizendo que os espíritas tem memória curtíssima. E ele, decerto que baseando-se em si mesmo, tem razão, pois a memória dele foi bastante corrompida quando o faz não perceber os equívocos doutrinários que anotou em tão reduzido artigo. O mais grave ainda é que ele diz fazer uso de deduções de um congresso da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, ocorrido em junho de 2018, mas que, na realidade, se tratou apenas de um resumo feito do tema que foi apresentado pelo senhor Perri, ex-presidente da FEB, e não necessariamente do evento – o que já apresenta uma prática muito estranha este seu artigo.
Dizer que o passe é “apenas uma doação de sentimento”, desconfigurando, assim, a parte técnica de toda uma ciência, apoiada e divulgada por Allan Kardec, conforme se constata na questão 555 de O Livro dos Espíritos e em todas as demais obras que fez publicar, inclusive incentivada no Catálogo Racional que ele publicou em seus últimos momentos de vida, dizer isso é dizer que não quer aceitar nem entender a base espírita. E não venha dizer que isso é uma crítica destrutiva – argumento já previsível no texto do senhor Miguez – pois o que coloco se trata de uma retificação indispensável ante o que se pretende fazer ao confundir aqueles que leram menos ou se limitam ao “ouvi dizer”.
Como afirma o artigo – e por consequência, o Sr. Perri – há centros espírita utilizando-se de cursos e técnicas de Magnetismo, como se isso fosse antidoutrinário. Não; não o é. Muito ao contrário. Estamos estudando, aprofundando e realizando avanços, tudo em prol do bem do ser humano, ao contrário dos que pretendem se limitar a criticar sem base e a desinformar sabe-se lá com que intento.
E novamente no artigo está expresso algo correto, mas que parece soar esquisito: “A Doutrina defende a nossa liberdade de ação e pensamento”. De fato podemos pensar e agir como quisermos, inclusive escrevendo um tão absurdo artigo como esse que o senhor Miguez escreveu, mas dizer inverdades e posturas antiespírita sem qualquer fundamento é tudo o que o artigo condena em seu ponto final, Daí ele se anular por se contradizer. Uma prática estranha mesmo.
Na verdade, o artigo é um espelho para o senhor Rogério Miguez; lendo-o fica claro a quem e ao quê ele serve. Asseguro que não é à Doutrina Espírita, nem a Jesus nem aos que necessitam de ajuda.