Seria uma tarde como outra qualquer na cidade de Taubaté com seus 314 mil habitantes, uma média de 88 mil trabalhadores (dados do IBGE) e cerca de 18 mil estudantes universitários. Temperatura agradável, céu azul e um ar até mais puro que em outros dias, pois a cidade ainda não é um grande exemplo de município isento de poluição. Afinal são 8.623 empresas atuantes, indústrias, muitas químicas e metalúrgicas.
As imagens poderiam retratar muito bem a cidade na madrugada – ruas vazias, sem pessoas circulando, comércio fechado, pouco ou nenhum trânsito. Mas havia luz, pois era pouco mais de quatro da tarde, e era um dia da semana como outro qualquer no calendário.
No décimo dia após o município decretar situação de emergência por conta do COVID-19, e com apenas um caso confirmado da doença e uma morte, Taubaté ficou calma e assustadora ao mesmo tempo. As imagens registradas com um celular em alguns dos pontos mais movimentados em dias normais refletem no psicológico do cidadão, que ora tem uma sensação de medo e angústia, ora sente-se entorpecido pelo vazio e solitário terreno.
Os reflexos da pandemia só serão avaliados após o fim da longa e paciente madrugada. A madrugada com sol, temperatura média de 24ºC e 48 horas seguidas.
A madrugada de todos os dias: um olhar para uma cidade fechada
mar 28, 2020RedaçãoTribuna LivreComentários desativados em A madrugada de todos os dias: um olhar para uma cidade fechadaLike
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