Os caminhos da poética se diversificaram gradativamente, sobretudo após a consolidação dos estados nacionais africanos, com produções expressivas. Em Cabo Verde, desde as buscas de raízes como Eugênio Tavares (Mornas-cantigas crioulas, de 1932) até um Corsino Fortes ( Pão- fonema, 1974), com uma poética afim do concretismo. À preocupação com a materialidade dos signos linguísticos soma-se a questão multifacética das identidades, presente na obra do angolano Ruy Duarte de Carvalho, que mistura gêneros e mostra visão bastante lúcida de seu trabalho literário (Hábito da terra, de 1988; Observação direta, 2000).
Ampliam-se supranacionalmente os horizontes em Arlindo Barbeitos, a partir da tradição oral de seu país, que se associa inclusive a técnicas da poesia chinesa e japonesa (Angola Angolê Angolema, de 1975; Na leveza do luar crescente,1998). O trabalho artístico desses escritores relaciona-se com as tendências experimentais da poesia brasileira e portuguesa.
A diversificação da poética africana
jan 18, 2019Bruno FonsecaLiteratura em gotasComentários desativados em A diversificação da poética africanaLike
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