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domingo 29 dezembro 2024
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A Benção do Magnetismo

• Jacob Melo
Embora nem todo mundo perceba isso, uma das maiores bênçãos que as criaturas teem, recebem, absorvem e até distribuem é o magnetismo.
Mesmer (1734-1815) chamou a “energia” vital de Magnetismo Animal. Muitos preferem chamá-lo de magnetismo espiritual, psíquico, humano, sutil…. Ao que me parece, o nome não importa muito, desde que saibamos nos beneficiar dessa fonte inesgotável que bem poderia ser simplesmente chamada de Vida, vida orgânica, posto que esta não existe sem a presença daquele.
Inapreensível para muitos e de abordagem pouco confortável para quem ainda se orienta pelo mecanicismo cartesiano como única base viável de provas, as evidências dessa potência jamais podem ser negadas, ainda mesmo quando vigoravam perseguições cruéis e insanas sobre seus estudos e usos.
Força ativa e interativa, nela nos movemos e por ela nos reconhecemos. Enigmas, mistérios e lógicas desconhecidas, enfim, quase tudo tem nessa ciência uma base segura para entendimento sensato e coerente.
Contemporaneamente, com uma maior popularização dos conhecimentos quânticos, aquilo que antes só poderia fazer parte do universo de lunáticos ou do cérebro de privilegiados incompreendidos, o magnetismo vem ampliando horizontes e retomando o espaço que jamais deveria ter perdido.
Na cultura geral sempre foi tomado em apenas uma de suas feições: a cura sutil. Muitas religiões, seitas, credos e filosofias denominam seu emprego como mahikari, jorey, reiki, healing, imposições de mãos…
E foi nesse campo que Allan Kardec mergulhou, de forma segura e clara, e vinculou o Espiritismo ao Magnetismo de uma maneira muito mais ampla e rica do que qualquer outra doutrina. E assim o fez porque seria praticamente impossível se compreender, com segurança e base, a mediunidade em geral, mas especialmente a de efeitos físicos, bem como toda e qualquer terapia com os chamados passes.
Tendo ele sabido da força que desempenha o magnetismo, colocando-o na condição de verdadeira ciência, no seu comentário à questão 555 do Livro dos Espíritos escreveu: “O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice”. (grifei)
Com o Espiritismo explicando o incompreensível e o Magnetismo evidenciando toda sua força nas relações e interações energéticas dos seres, muito apropriada fica a sugestão do Mestre lionês. Não há, pois, como não se mergulhar nessa ciência. É o que faremos em outros artigos doravante. (Artigo publicado na edição de Março/2013 do jornal Correio Espírita do Rio de Janeiro).