• Cristina de Guadalupe
ALLAN KARDEC, o Codificador da Doutrina Espírita, vendo à necessidade de sedimentar a ciência do Espiritismo, ante a enormidade de fatos que ocorriam na ocasião, os quais sem maiores discussões e tomada de posições em sua análise terminariam relegados ao enfadonho, permanecendo irreais milagres e prodígios, mais uma vez utilizou recursos próprios e no dia 1º. de janeiro de 1858 lançou a “REVUE SPIRITE – Journal D’Études Psychologiques”.
O primeiro artigo, sob o titulo “Introdução”, nos trás em riqueza de detalhes o porque da edição, bem como, sua visão do aspecto científico filosófico que a envolve. Será bom que leiam o titulo na integra, vez que o espaço desta Coluna é insuficiente para sua publicação; mas solicitamos vênia para transcrição deste pequeno parágrafo: “Talvez nos contestem a denominação de Ciência, que damos ao Espiritismo. Ele não teria, sem dúvida e em nenhum caso, as características de uma Ciência exata e precisamente nisso está o erro dos que o pretendem julgar e experimentar como uma análise química ou um problema de Matemática; já é bastante que seja uma Ciência filosófica. Toda Ciência deve basear-se em fatos, mas estes, por si sós, não constituem a Ciência. Ela nasce da coordenação e da dedução lógica dos fatos: é o conjunto de leis que os regem. Chegou o Espiritismo ao estado de Ciência? Se se trata de uma Ciência acabada, sem dúvida será prematuro responder afirmativamente, mas as observações já são hoje bastante numerosas para permitirem pelo menos deduzir os princípios gerais, onde começa a Ciência.”.
Kardec ficou responsável pela publicação do periódico até seu desencarne em 31/03/1869; quando passou para a direção de Pierre-Gaëtan Leymarie. Na sua história até o presente momento, teve sua publicação interrompida durante a primeira guerra mundial, voltando a circular com o apoio de Léon Denis. Em 1940, sua circulação foi novamente suspensa, devido a segunda guerra mundial, retornando à sua circulação normal em novembro de 1947. Em 1977, deixou de circular novamente, eis que teve seu titulo absorvido na publicação da “Renaître 2000”. Essa situação durou até fins de 1989, quando os direitos de su publicação foram judicialmente conferidos a Roger Perez e Louis Serré. Finalmente, em outubro de 1998, foi requerido durante o II Congresso Espírita Mundial, realizado em Lisboa, que as publicações ficassem a cargo permanente pelo Conselho Espírita Internacional (CSI), que assumiu sua publicação à partir de meados de 2001, adquirindo seus direitos de propriedade em 2007, na Colômbia, durante a realização do V Congresso Espírita Mundial em Cartágena.
Continua sendo publicada sob o título de “La Revue Spirite”, com edição francesa, traduzida para o esperanto, espanhol, inglês, polonês e Russo.
Quem verificar o conteúdo do primeiro artigo da primeira Revista verá Allan Kardec estranhando o fato de que nos Estados Unidos, naquela ocasião, existiam dezenas de periódicos a respeito do Espiritismo, enquanto na França, onde se o codificava, nenhum jornal tratando do assunto. Daí também não quer calar o seguinte questionamento: – Se o Brasil é o maior pais Espírita da atualidade, por que não tem as atuais edições da Revista Espírita traduzida para o português?
E também uma segunda questão:- Por que não se está comemorando no Brasil os 160 anos da “Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos”?
Os questionamentos persistem, vez que o Codificador nos orienta que a Doutrina Espírita deveria ser estudada na seguinte sequência: 1 – O Que É O Espiritismo?; 2- O Livro dos Espíritos; 3 – O Livro Dos Médiuns, e em quarto lugar a “Revista Dos Espíritos” (O Livro dos Médiuns, 1ª. Parte, Cap. III, n.35).
Seja como for nossa eterna GRATIDÃO a Deus, nosso Mestre Jesus, os Espíritos e Allan Kardec, que com a ajuda de seres do bem iluminam nossa caminhada em busca da Luz, da verdade.
160 Anos da “revista espírita – jornal de estudos psicológicos”
maio 18, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em 160 Anos da “revista espírita – jornal de estudos psicológicos”Like
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