“Crônicas e Contos do Escritor” – Revistas físicas

Dias atrás estava arrumando um armário que, há um bom tempo não mexia, estava uma bagunça e tanto, e encontrei verdadeiras raridades e, entre elas, uma verdadeira coleção de revistas Playboy, 4 Rodas, Placar e Speak-ups. São revistas de trinta ou mais anos e, sabe? Bateu uma saudade, uma enorme saudade…
É lógico que a internet nos trouxe facilidades, comodidades, acessos rápidos à todo tipo de informações mas, quem conheceu, por exemplo, as famosas enciclopédias Barsa e Larousse com certeza, sente saudades. Ou ainda, a coleção da revista “Conhecer” e muitas outras mais. Ah, tinha também, não sei se ainda existe, uma revista chamada “Reader`s Digest”, minha mãe adorava e me lembro que no final de cada uma delas, havia piadinhas inocentes e engraçadinhas.
E, olha, ainda acho que faz falta as antigas revistas “físicas”. Aquela profusão de fotos, cores, imagens e como era gostoso coleciona-las.
Muitas saudades sim, mas nem com essas coleções e enciclopédias era fácil fazer pesquisas, porém podemos afirmar que, com certeza, as buscas eram mais emocionantes e, talvez, até mais divertidas.
Por exemplo, há muitos anos, quando ainda estava na faculdade de Engenharia Química (oh, bons tempos!) em Lorena, antiga FAENQUIL, hoje USP, um professor pediu uma pesquisa sobre um determinado composto químico e como achar isso? Lá vamos nós pesquisar em bibliotecas de Taubaté, São José e na faculdade de Engenharia de Guaratinguetá.
Em nossa busca desenfreada, chegamos até a UNICAMP, em Campinas e, ainda assim, pouquíssimas informações. Fomos então para a cidade de São Paulo e toma visitas em bibliotecas e faculdades na Capital Paulista e, finalmente, encontramos o que precisávamos. Ufa, alívio enorme.
Nos dias de hoje, nada disso é preciso, basta alguns cliques no notebook (ou no celular) e temos todas as informações necessárias. Fácil! Talvez, até demais.
A internet é muito interessante e prática sim, esse danado de mundo virtual, pode até ser chato e às vezes complicado, mas é muito útil, porém, na minha opinião facilitou demais as pesquisas, o tal do Ctrl C/Ctrl V resolve tudo e de uma maneira exageradamente simples.
E, agora, no rastro da evolução do mundo virtual, vemos revistas e jornais tradicionais se adaptarem à essa nova realidade virtual. Difícil encontrar jornais nas bancas de jornais, hã?
Pois é. Elas tiveram que se adaptar e buscar outras opções de negócios.
Ah, mas era gostoso ler os jornais, sim era gostoso mas, devo confessar que dava muita raiva tentar ler jornal no vento…voava folha pra todo lado, ha ha ha… ah, mas dá saudades sim.
Eita mundo virtual, que vem engolindo tudo.
E é um caminho sem volta (para o bem ou para o mal), a internet vai tomar conta de tudo e será difícil para aqueles que não se adaptarem à nova realidade sobreviverem no mercado.
Quer ver uma coisa? Sou apaixonado por livros, já li (e tenho) centenas deles. É lindo ver as capas, sou apaixonado por elas, sentir o livro nas mãos, virar as páginas, sentir o cheiro do livro, enfim…
Inclusive, já publiquei três livros físicos, mas tive que me render ao mundo virtual e meu quarto livro saiu no formato e-book. Reconheço que, para alguns, é chato ler um livro no computador e pior ainda no celular, mas creio que os mais jovens já estão mais adaptados à essa nova realidade.
Fazer o que, né?
O passado dá saudades, claro, mas temos que nos adaptar à realidade do presente e nos preparar para o futuro.
E assim vamos…, bom, agora vou reler minhas revistas antigas.